19 de agosto de 2005

Ai de mim...

ACABEI de chegar da USP, reencontrei gente bacana, muita conversa, um cafezinho gostoso... Nostalgia e novidades, muito bom! No caminho pra casa começou a tocar uma música que eu acho linda, o Frejat cantando [não sei se a música é só dele ou dele no Barão Vermelho], bem romântica e que eu num sei o nome, deve ser "Procuro um amor", algo desse tipo.
ADORO músicas românticas [aquelas bem bregas] e filmes românticos [aqueles bem óbvios, com finais felizes]. [mas não gosto de literatura romântica, daí já é demais! [rs]] Digam pra mim, por favor, se poderíamos não gostar de versos como: "Você me ligou naquela tarde vazia / e me valeu o dia..."; "Estranho seria se eu não me apaixonasse por você / O sal viria doce para os novos lábios... Seu All Star azul combina com o meu preto de cano alto..." ; "...Quem depois voltou / Ao amor ao sorriso e à flor / Então tudo encontrou / E a própria dor / Revelou o caminho do amor e a tristeza acabou..."; "Como eu sou o girassol / você é meu sol, uh-uh-uuuuuh "? Ah, é tão verdadeiro! Mesmo que passageiros, esses sentimentos existem! Como diria Bethânia, Gal, Gil e Caetano: é lindo!
NESSE mundo do cada um por si, tão individual e confuso, é bom [senão reconfortante, um cafezinho diário, mesmo!] manter um pouco da ingenuidade e não perder nem a gentileza nem as esperanças. Sonhar de vez em quando faz bem também; já dizia Freud: no inconsciente está a sua essência. [rs, certamente inventei isso.] Resumindo, acho que me descobri uma romântica incurável, é isso!
[[Observação importante: pessoal, meu computador está em vias de entrar em uma outra dimensão... snif! I'll be back quando ele ressuscitar... Me aguardem! Bom fim de semana para todos!]]

17 de agosto de 2005

Quanta bobagem!

CÁ com meus botões, estava eu pensando quanta bobagem escrevi no post anterior. Pois sim, comparar uma forma simples de viver com a vida dos dois andarilhos, faça-me o favor! Um retrato da miséria, da falta de escolha e de oportunidades, da desigualdade social. E o cenário reforça tudo: a Previdência Social. É certo que a imagem dos dois veio à minha mente enquanto escutava o professor, mas vou explicar melhor: não foi nada mais que minha interpretação romantizada da vida deles.
CONFESSO, minha cabeça é afeita a fantasias e crio histórias, que até os deuses duvidam, em menos de dois segundos. Se um dia estiver conversando comigo e minha expressão não for condizente com o que está sendo dito, tenha certeza de duas coisas:
1) Estou ouvindo atentamente o que diz.
2) Paralelamente estou pensando em alguma coisa que não tem nada a ver com o que ouço.
A ÚNICA explicação científica que posso dar é aquela que diz que as mulheres conseguem fazer duas coisas ao mesmo tempo. Tem uma outra também, mas essa eu vou deixar pra lá! [já dizia a música: "...mais louco é quem me diz /e não é feliz / não é feliz..."] [Quanta bobagem!]
JÁ que estou falando de bobagens, visitem este link(http://www.trama.com.br/portalv2/noticias/index.jsp?id=17450) e me digam depois o que acharam dos pensamentos deste óóótemo artista, primeira linha, pensamento abstrato, tão abstrato que é quase impossível adentrar seus pensamentos [rs infinitos]. Não bastava a expressão na música, quis também fazer parte dos Anais Literários...
DESCULPEM-ME desde já, achei injusto compartilhar essa (des)informação só com uma pessoa. Desculpem-me, também, se gostam dele; gosto não se discute e o meu não é dos melhores. Tudo isso me leva a concluir que, na rede, pode-se produzir qualquer tipo de lixo e considerá-lo um pensamento, um texto literário, arte. E é claro que eu me incluo nessa bobageada toda! [rs estratosféricos]
[[Anonymous Segundo: você fez natação comigo ou estudou comigo? Morou no mesmo prédio que eu? Puxa, não achei fácil de adivinhar não... Mas gostei de todo o seu respeito! [rs] Dê mais dicas ou assine seu nome, pliz.]]
[[[Mafê, cadê você? Anonymous, você também, cadê?]]]

16 de agosto de 2005

Nem mais nem menos

HÁ alguns anos, estava eu no trânsito, exatamente na Rua Butantã, em frente ao INSS. Tudo parado [inclusive o INSS], não se saía do lugar, comecei a olhar para os lados. Eis que vejo dois homens carregando suas sacolas, quietos, andando lado a lado no mesmo passo. Pararam, puseram as sacolas no chão, concordaram com a cabeça e começaram a tirar as coisas de lá de dentro. Tudo o que precisavam para viver [viver dessa maneira, na rua... mas via-se que, nesse caso, tinha sido feita uma escolha] estava lá: nem mais nem menos. Arrumaram seus cobertores no chão, se ajeitaram e dormiram.
SÁBADO fui ouvir uma palestra de um professor de Yoga, o sr. Shimada, um japonês de cerca de 80 anos. Ele ia falar sobre sua peregrinação na Índia, mas acabou falando de como complicamos nossas vidas, sempre queremos mais e mais, somos eternos insatisfeitos. Claro que não foi a primeira vez que ouvi isso, mas, nesse momento, me lembrei dos dois andarilhos da Rua Butantã. Simplificar é muito mais difícil que complicar, exige muita coragem: nem mais nem menos.
[[Estou ouvindo a trilha sonora do filme O pianista: excelente, como o filme. Muito Chopin interpretado pelo polonês Janusz Olejniczac e a última pelo próprio protagonista, Wladislaw Szpilman.]]