12 de setembro de 2006

Mala e alma

das mudanças

o pai mudo
a mãe falante
as irmãs nas contas
eu
sem prestar contas

***

Meu filme de cabeceira : Tudo acontece em Elizabethtown. Quase não assisti a esse filme pelas inumeráveis críticas de amigos, etc., mas eu sou parente de 330º grau de São Tomé, tenho que ver pra crer. E aí, o resultado? Claro que adorei! [hehehe]
Falta coerência no roteiro? Seria impossível preparar um roteiro de viagem + trilha sonora em apenas um dia? Ok, ok! Mas que trilha sonora! E minha idéia de fazer algo parecido para alguém algum dia foi roubada! :o( Aquilo lá é o máximo!
A atuação do Orlando Bloom deixou a desejar? Ok! Mas prefiro pensar que ele encarnou muito bem o sujeito melancólico que está caindo na real.
[Queria ter anotado a frase final, mas fiquei com preguiça de pegar papel e caneta e tive de devolver o filme na locadora. Depois vou pesquisar e a colocarei aqui.]
Todas as ilusões, as efemeridades, o viver para a corporação e esquecer de si, os pequenos prazeres, a perda de tempo em ter medo de conhecer o outro e de tirar as máscaras de primeira... E a trilha sonora, já falei do bem que faz?
Recomendo para os sem preconceito com louvor. Para os com preconceito, recomendo também, mas com uma pitada de leitura das entrelinhas e o terceiro olho aberto.

[[Pergunta: Quem mais gosta de Tom Petty?]]

***
mandou tirar as barreiras
para não refletir nas lentes
para ver na retina, na íris, na pupila
sua alma

mandou chegar mais perto
o que atrapalhava era a distância

então viu
sem reflexo
com susto

sim, tem alma