3 de maio de 2007

Coisas do além

Aconteceu em uma praia, por volta das cinco horas da tarde. Após três dias de reclusão total, jovens mulheres, aproximadamente 28 anos, assistem a uma pelada na praia.

Olham pra lá, olham pra cá, aquele vai-e-vem de homens correndo atrás de uma gordinha, cena totalmente hipnotizante, a mente longe. Uma delas faz o sinal de alerta, cotovelada direita: opa! Surfista bonitão! Lançam aquele olhar 51, que pensam ser uma boa idéia.

Comentários sobre o desempenho do cidadão sobre as ondas decorreram por alguns minutos. A atenção se voltou novamente para os atletas [eram todos amigos, rs] e a gorducha. Os pensamentos das duas pareciam estar muito longe dali. De repente, cotovelada direita novamente: opa, olha lá! Esse aí é da sua tribo!


[Homem moreno, mais ou menos 30 e poucos anos, óculos de grau e segurando um livro.]

Era melhor ver de perto. Levantou, passou ao lado, checada de cima a baixo e pum! Soco no estômago! Não é possível! Pois é sim...



Foi assim que reconheci o Anônimo, em uma situação muito além da imaginação.