20 de dezembro de 2007

Retrospectiva

Desencontros marcados seguidos por peças que vão se encaixando no quebra-cabeça da vida.

Vida que me traz o que quer, prega peças, quebro a cabeça, reconstituo-a. Até que aceito o que veio até mim e fica tudo bem. Então, começa tudo de novo. Chega gente nova, vai gente que não cabe mais. Tudo traz aprendizado. E aquele negócio de abrir mão do que não se tem, do desapego do que não existe. Abrir os olhos pra tudo o que está dentro, reconhecer e manter ou melhorar. Com a ajuda do etéreo, dos incensos, das músicas, dos amigos, dos inimigos, dos pêndulos e sins e nãos, mais um ano que começa. E vêm mais novidades, novelas e novelos pra desenrolar.

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Alguém tão parecido com você. Mesmo. Oposto no signo e parecido por dentro. E eu que me achava única em tanta coisa! [rsrsrs]

17 de dezembro de 2007

Templo

Muitos dias passei lendo e colecionando histórias sentada no banco do lado da fonte colorida, perto da biblioteca e sob a luz do sol que faz arco-íris da água. O que surpreende é o mar de gente que passa pela entrada e muda de feição. Sabe aquela história que nossa alma tem cara própria? Então, é a alma que se liberta quando entra nesse lugar. Abre-se um mundo novo que ocupa os cinco sentidos. O cheiro da tinta e da poeira são minha madeleine e trazem todo tipo de lembrança. [madeleines não funcionam comigo. não ficam boas com café... acho que madeleines foram boas só pra termos Proust, rs] O olho se enche em todas as direções. A proibição do toque faz você sentir o proibido. Todo mundo falando baixinho, feito ladainha em respeito às mãos sagradas. E quando tem música, fica ainda melhor. O gosto de crescer os olhos, os ouvidos e a alma. Com todas as religiões, etnias, crenças e livres expressões, meu templo ecumênico, a Pinacoteca.

16 de dezembro de 2007

Sonhos, realidades, arquipélagos

O momento: tornar o sonho em realidade.
Ver, no sonho, as imagens: o que elas revelam e o que elas escondem.
Ver, na realidade, as pessoas: o que elas são e o que elas sentem.
A procura da ilha desconhecida: a chance de nos conhecermos e de nos redimirmos.

Vistos de fora

Procura no além-mar tesouros guardados na infância.
Pensa na vida que viveu e quer retomar a vida.
[Sempre é tempo eterno]

Vê na terra estrangeira a possibilidade de encontrar os verdadeiros tesouros.
Na figura paterna, o elo que se forma em buscas comuns.
[Ser é ser eterno]