17 de dezembro de 2007

Templo

Muitos dias passei lendo e colecionando histórias sentada no banco do lado da fonte colorida, perto da biblioteca e sob a luz do sol que faz arco-íris da água. O que surpreende é o mar de gente que passa pela entrada e muda de feição. Sabe aquela história que nossa alma tem cara própria? Então, é a alma que se liberta quando entra nesse lugar. Abre-se um mundo novo que ocupa os cinco sentidos. O cheiro da tinta e da poeira são minha madeleine e trazem todo tipo de lembrança. [madeleines não funcionam comigo. não ficam boas com café... acho que madeleines foram boas só pra termos Proust, rs] O olho se enche em todas as direções. A proibição do toque faz você sentir o proibido. Todo mundo falando baixinho, feito ladainha em respeito às mãos sagradas. E quando tem música, fica ainda melhor. O gosto de crescer os olhos, os ouvidos e a alma. Com todas as religiões, etnias, crenças e livres expressões, meu templo ecumênico, a Pinacoteca.

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