31 de agosto de 2007

Dos momentos. Dois momentos. Um momento, por favor.

Dos relacionamentos e das expectativas

a) Quando namorei um engenheiro, pensava que em uma de suas criações ele fosse pôr minhas iniciais em algum lugar do concreto fresco.
b) Quando namorei um poeta, queria reconhecer em suas poesias alguma coisa que tínhamos vivido.
c) Quando gostei de um artista plástico, queria ver alguma coisa de mim em suas criações.

Do que aconteceu

a) O engenheiro em questão trabalhava em um banco de investimentos.
b) O poeta me fez poesia no começo, depois foi investir em outras musas.
c) O artista plástico não se manifestou em nenhum momento.

De mim

As palavras precaução e cautela, o alerta cuidado!, não existem no meu dicionário. Tenho aquela coisa de me jogar. E então, crio expectativas baseadas no que eu faria para o outro. Insisto em relações que fazem com que eu aja como um cachorro, correndo atrás do rabo. Sem resposta, sem sinal, sem sair do lugar. Tá aí o problema. Em mim. Coisa mais egocêntrica.

Do agora

Vou mesmo dar um tempinho. E começar a investir na visão além do alcance.

5 comentários:

Anônimo disse...

Me convenço cada vez mais que vc escreve para mim ...rs...
Adoro seus textos... me divirto com eles... mas eles tbm me fazem refletir sobre certas coisas... obrigada.
Nunca deixe de postar... já disse muitas vezes, vc escreve hiper, mega, blaster bem...rs
Beijinhos...

Anônimo disse...

É duro, né! o gosto desse café é mesmo muito amargo. Digo, desses cafés que insistimos em tomar quando assumimos nossas posturas egocêntricas.
O que é preciso fazer sempre, amiga, é nunca esperar nada!
Escrevi um poema que se chama "Seu olhar" ele fala sobre isso:
"o amor sincero nada espera, nada cobra, nada cala, só encanta e contagia..."
... não há certezas, só há vida, só há momentos e, então compreendo como é importante curtir um olhar, um momento único, um sentimento único, um olhar revela tudo, porque o olhar é o espelho do coração".

Anônimo disse...

Sossegue seu coração. Não espere nada, nunca. Essa é uma árdua tarefa que a gente tem de desenvolver um pouco, todo dia, tô treinando muito... Às vezes, a gente vacila e por instantes começa a cobrar, depois se recobra e sossega.
É preciso sossegar o coração para sossegar a alma. Quando não esperamos nada, tudo que vem é lucro e a gente fica feliz com as mínimas coisas. É o que é a felicidade, senão, o prazer nas pequeninas coisas?

Anônimo disse...

Aprecie os momentos a dois, mesmo que sejam esparsos;
os raios do sol, mesmo que sejam mornos; a chuva fora de hora, mesmo que seja fria; aprecie os encontros com as amigas, mesmo que sejam raros; releve as indiferenças e as incompreensões, a inveja, as imperfeições: todas elas. E... quanto à visão além do alcance... lembra do poema? "seu olhar", pois é, observe, curta os olhares eles podem revelar muito. Seja feliz um pouco por dia!!!
Um grande beijo!

helô beraldo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.