A gatinha Nina
Nina seria seu nome. Nina chega perto e vira de barriga pro céu. Ela quer carinho. Nina deita do meu lado e me dá beijinhos com sua língua áspera. Nina se chama Nina de tão pequenina que é. Que vontade de ninar Nina! [mas ela cospe bola de pêlos...]
O gatinho Tomás
Podem dar bola de lã, bola de papel alumínio, bola de meia, que Tomás nem dá bola. Tomás quer correr sem rumo, pular no ombro e cheirar o pescoço de sua dona. Menino-gato, Tomás quer mais é paz. [Tomás tem uma pinta na ponta do nariz...]
O cachorro Bob
Sem lenço e sem documento, ele apareceu. Seu primeiro nome ninguém sabia, mas conquistou todos com sua pinta de sangue bom. Carinho pra dar era o que não faltava! Até que, em um belo-dia-feijuca-feliz, Negão arranjou uma família e foi batizado mais uma vez. Bob é seu nome; Marley, sobrenome. [Bob tem um pêlo que faz inveja aos maiores adeptos do rastafári...]
O cachorro Lênin
Com nome e figura imponentes, de botar medo até em grandes russos, Lênin mostra a alma no primeiro olhar. É doce, desajeitado [seu corpo é muito grande pra sua meninice toda] e bom. Ele olha pra você e te chama pra brincar. Mas se você faz que num viu, que não tá nem aí, ele insiste. Porque ele gosta da brincadeira e quer dividi-la com você. Então, marotamente, chega perto, dá uma lambidinha na sua mão e sai correndo. [Lênin é branco como a neve, grande como o seu coração...]